Renascimento
O renascimento foi
um movimento cultural que marcou
a fase de transição dos valores e das tradições medievais para um mundo
totalmente novo, em que os códigos cavalheirescos cedem lugar à afetação
burguesa, às máscaras sociais desenvolvidas pela burguesia emergente.
Foi um importante movimento de ordem artística, cultural
e científica que se deflagrou na passagem da Idade Média para a Moderna. Em um
quadro de sensíveis transformações que não mais correspondiam ao conjunto de
valores apregoados pelo pensamento medieval, o renascimento apresentou um novo
conjunto de temas e interesses aos meios científicos e culturais de sua época.
Ao contrário do que possa parecer, o renascimento não pode ser visto como uma
radical ruptura com o mundo medieval.
A aproximação do Renascimento com a burguesia foi
claramente percebida no interior das grandes cidades comerciais italianas do
período. Gênova, Veneza, Milão, Florença e Roma eram grandes centros de
comércio onde a intensa circulação de riquezas e ideias promoveram a ascensão
de uma notória classe artística italiana. Até mesmo algumas famílias
comerciantes da época, como os Médici e os Sforza, realizaram o mecenato, ou
seja, o patrocínio às obras e estudos renascentistas. A profissionalização
desses renascentistas foi responsável por um conjunto extenso de obras que
acabou dividindo o movimento em três períodos: o Trecento, o Quatrocento e
Cinquecento. Cada período abrangia respectivamente uma parte do período que vai
do século XIV ao XVI.
Ao abrir o mundo à intervenção do homem, o Renascimento
sugeriu uma mudança da posição a ser ocupada pelo homem no mundo. Ao longo dos
séculos posteriores ao Renascimento, os valores por ele empreendidos vigoraram
ainda por diversos campos da arte, da cultura e da ciência. Graças a essa
preocupação em revelar o mundo, o Renascimento suscitou valores e questões que
ainda se fizeram presentes em outros movimentos concebidos ao logo da história
ocidental.
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