O termo surrealismo, se baseia na idéia de
"estado de fantasia supernaturalista", traz um sentido de afastamento
da realidade comum que o movimento surrealista celebra desde o primeiro
manifesto, de 1924.
O surrealismo foi
um movimento artístico que surgiu na Europa, cujo marco inicial foi o Manifesto Surrealista de André Breton,
publicado em 1924. O surrealismo criticou a racionalidade burguesa em favor do
maravilhoso, do fantástico e dos sonhos, abarcando uma grande quantidade de
artistas, entre eles, podemos citar: na literatura, André Breton, Louis Aragon, Philippe Soupault e outros; nas artes
plásticas, Joán Miró, Max Ernst, Salvador Dalí e outros; na fotografia, Man Ray, Dora Maar e Brasaï; e, no cinema, Luís Buñuel.
Nas palavras de Breton, um dos objetivos do
surrealismo era "resolver a contradição até agora vigente entre sonho e
realidade pela criação de uma realidade absoluta, uma suprarrealidade".
Essa perspectiva levou esses artistas a buscarem inspiração na obra do psicanalista Sigmund Freud, trazendo para a arte o irracional, o inconsciente, explorando o imaginário e os impulsos ocultos da mente. Nesse
sentido, algumas técnicas de produção artística adotadas foram a escrita e a
pintura automática, pois seriam formas de transcrição imediata do inconsciente,
buscando assim driblar os controles conscientes do artista, com a liberação das
imagens que lhes surgiam à mente e de seus impulsos primitivos.
Outra técnica utilizada foi a de colagens, em que imagens eram reunidas aleatoriamente e ao acaso, criando uma
justaposição de objetos desconexos
e associações que à primeira vista pareciam impossíveis. Esse método foi inspirado
na frase do Conde de Lautréamont: '"Belo
como o encontro casual entre uma máquina de costura e um guarda-chuva numa mesa
de dissecção".
No aspecto político, o caráter revolucionário e subversivo da proposta
surrealista aproximou alguns artistas de grupos políticos de linhagem marxista,
como André Breton, quando se alinhou ao trotskismo. Por outro lado, alguns se
mantiveram numa esfera mais conservadora, como Salvador Dalí.
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