Casos são apurados pela Prefeitura de Londrina, no norte do Paraná.
Um médico ficou suspenso e outro teve ordem de demissão encaminhada.
A Prefeitura de Londrina, no norte doParaná,
investiga nove médicos suspeitos de não cumprirem o expediente de forma correta
nos postos de saúde e unidades de pronto atendimento da cidade. Um dos médicos
teve o pedido de demissão encaminhado pela Corregedoria do município, enquanto
outro ficou suspenso por dez dias e teve o salário descontado Outros sete casos
são analisados.
Segundo o corregedor-geral do município, Alexandre
Trannin, as investigações começaram no final de 2012 e os depoimentos de
pacientes e de servidores públicos foram decisivos. Eles confirmaram os abusos
cometidos por um médico plantonista, que trabalhava em vários postos de saúde,
mas descumpria as escalas.
“A demissão decorreu justamente de faltas
injustificadas, atrasos nos plantões, saídas durante os plantões. O que foi
investigado na sindicância, que resultou no processo, confirmou-se essas
condutas e decidiu-se pela demissão, em primeira instância”, disse o
corregedor-geral do município. Apesar da ordem de demissão, o médico continua
trabalhando por meio de recurso. Trannin explica que a demissão só será
confirmada após o processo ser julgado por todas as instâncias administrativas.
Em outro caso, de menor gravidade, a punição já foi
cumprida. Um médico ficou suspenso por dez dias e teve o salário descontado,
porque entrava e saía do plantão várias vezes, sem registrar o cartão ponto. Os
outros sete médicos investigados são suspeitos de descumprir com frequência as
escalas de plantão, com denúncias de atrasos, saídas antecipadas,
descumprimento da jornada mínima de trabalho, excesso de atestados por supostas
doenças, além de faltas injustificadas. Uma sindicância já confirmou as
irregularidades e, nos próximos dias, de acordo com a Correge pode se tornar em
um processo disciplinar que, em último caso, resultará na demissão dos
profissionais.
“Quando o médico é plantonista, ele está escalado para
um determinado horário. Se ele não comparece, o plantão ficará sem o
plantonista, ou aquele que está em atendimento ficará prejudicado, porque
ficará sobrecarregado. Então, esse cumprimento da jornada é muito importante”,
explicou Trannin.
Segundo o corregedor-geral, outros 60 procedimentos
estão em andamento contra servidores municipais, por diversas denúncias de
irregularidades. Em 2013, quatro servidores foram demitidos após as
investigações da Corregedoria.
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