Pela 4ª vez, manifestantes entram em confronto
com a PM
Os manifestantes que reclamam do aumento das tarifas de transporte em São
Paulo entraram em confronto com a Polícia Militar pela quarta vez em uma
semana, nesta quinta-feira. O grupo desrespeitou o roteiro combinado com a PM e
foi impedido de seguir para a Avenida Paulista. Ao menos cinquenta pessoas já
foram detidas para averiguação.
A exemplo dos atos anteriores, a manifestação tornou-se dispersa e
violenta, deixando um rastro de depredação e vandalismo no percurso e
degenerando em choque com a polícia. Por volta das 19h20, a PM teve de usar
bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha para conter um grupo que lançou
rojões e pedras contra policiais no cruzamento na Rua da Consolação. Na região
central, os arruaceiros montaram barricadas com sacos de lixo incendiados.
A maior cidade
do país viveu um dia de trânsito caótico desde o início da manhã, com linhas de
trens paralisadas em função da greve de funcionários da Companhia Paulista
de Trens Metropolitanos.
Os três atos
organizados pelo Movimento Passe Livre, formado por radicais ligados a
movimentos e partidos de esquerda, terminaram em confronto com a polícia e
deixaram um saldo de destruição de ônibus, vidraças e estações de metrô
apedrejadas e muros pichados. Até o momento, o prejuízo registrado somente pelo
Metrô atinge 109.000 reais. No total, 87 ônibus foram danificados e 137 linhas
tiveram a circulação prejudicada.
Diante do
descontrole das manifestações, que degeneraram em balbúrdia e tumultuaram a
rotina do paulistano, o governo de São Paulo prometeu ser mais duro. Nesta
quinta, a Tropa de Choque da Polícia Militar reforça a vigilância, mas ainda
não foi acionada. Na última terça, um policial foi atacado após tentar conter
um pichador e por pouco não foi linchado
Na prática, a
falta de liderança serve para impedir que responsáveis sejam apontados. “É
difícil negociar com um grupo que não tem unidade, que não tem liderança. São
vários subgrupos dentro de um grande grupo. Enquanto eu falava com um individuo
que se apresentava como líder, um outro grupo atacava minha tropa. (...) Que
movimento é esse em que ninguém tem controle?”, disse o tenente-coronel Marcelo
Pignatari, responsável pela ação da PM na terça-feira.
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