Naquela época, foi uma grande novidade realizar obras com formato grande que não tivessem cunho religioso, isto se deve ao vínculo de mecenas com a filosofia neoplatônica, cujo caráter simbólico deveria reproduzir as obras encomendadas. Baseadas nelas foram formuladas diversas e complexas interpretações, que vão muito além de sua graça evocadora.
A esta mesma época correspondem também A Adoração dos Reis Magos e o Díptico de Judite, obras igualmente emblemáticas. O fato de que Botticelli foi convocado, em 1481, para ir a Roma para decorar os afrescos da Capela Sistina, junto com outros grandes mestres, faz supor que gozava de grande prestígio.
Quando voltou a Florença, provavelmente influenciado por Savonarola, realizou obras como a Natividade Mística (mais solenes e redundantes). A Botticelli também devemos belíssimos desenhos para um manuscrito da Divina Comédia de Dante.
Eclipsado pelas grandes figuras do século XVI italiano, Boticelli permaneceu ignorado durante séculos até a recuperação de sua figura e sua obra, na metade do século XIX. Seu estilo, de certa forma, perpetuou-se através dos artistas formados em seu atelier, entre vários podemos citar o filho de Filippo Lippi, Filippino Lippi.
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