A tecnologia criada por uma empresa polonesa, que conta com o aval da Federação Internacional de Voleibol (FIVB), funciona como “olhos eletrônicos” dos árbitros. Sistemas parecidos para tornar o esporte mais justo e evitar que erros humanos de arbitragem prejudiquem uma equipe ou atleta já são usados em outros esportes como tênis, futebol americano e na NBA. Uma estação de vídeo será montada no domingo próxima à mesa de controle da arbitragem e vai receber imagens de 16 câmeras especiais, posicionadas estrategicamente para capturar lances dúbios em todas as linhas da quadra e também possíveis invasões por cima e por baixo da rede.
No domingo, Osasco e Rio de Janeiro vão ter direito a dois desafios por set. O pedido deve ser feito pelas capitãs do time - Jaqueline e Fofão - imediatamente após o lance considerado polêmico. O 2º árbitro irá analisar o replay da jogada. Nenhum representante de ambos os times poderá interromper ou afetar o trabalho do árbitro.
Além disso, o primeiro árbitro tem o direito de pedir pela verificação de vídeo em caso de dúvida, desde que seja um ponto decisivo do set / jogo. O controlador da estação de vídeo pode reprisar o lance em “super slow” apenas dez segundos depois do desafio.
- As câmeras conseguem captar 110 frames por segundo. Isso é cinco vezes mais do que um olho humano é capaz de enxergar. Ainda estamos em fase de desenvolvimento e acreditamos que possamos registrar 200 frames na próxima temporada - afirmou o polonês Grzegorz Najder, que trouxe a nova tecnologia ao Brasil e a comandará na final da Superliga.
Diferentemente do sistema utilizado no tênis, a tecnologia polonesa ainda tem “pontos cegos”, que ocorrem apenas em caso de uma atleta se posicionar em frente à câmera selecionada justamente no momento em que a bola toca o piso da quadra - os árbitros de linha foram instruídos para se posicionarem sem atrapalhar as câmeras.O "ponto cego" gera certa preocupação.
- É um sistema totalmente diferente do usado no tênis (baseado em sensores). São soluções diferentes para chegar à decisão precisa. Conseguimos esclarecer 90% dos casos. Se não for possível, a palavra final é a do árbitro - explica Grzegorz.
Essa tecnologia deixa o jogo mais justo e gera menos polêmicas, facilitando o trabalho dos árbitros e melhorando cada vez mais o esporte.
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